Em Mirinda, Menalton Braff cria, partindo do universo das formigas, uma parábola para a
busca humana pelo conhecimento e as transgressões nela envolvidas. A História está repleta de
exemplos de trajetórias semelhantes às da protagonista dessa narrativa. Para que muitas das
grandes obras e descobertas (artísticas, científicas, filosóficas) da humanidade acontecessem, foi
necessário que algumas mentes curiosas se dispusessem a desafiar os limites culturais impostos por
sua comunidade de origem, ousando embrenhar-se em projetos que, a princípio, não foram bem
recebidos, por vezes chegando a ser taxados de insanos, imprudentes ou imorais. É o caso de
figuras como Sócrates, Galileu, Espinosa e Van Gogh, entre outros.