No Monológio, escrito em 1077, Anselmo apresenta o seu conceito de Deus como pura essência, infinitude, eternidade, imutabilidade, perfeição e unidade (ao modo neoplatônico).
Além da defesa da existência de Deus, inclui muitas discussões sobre os atributos divinos e sua economia, além de algumas sobre a mente humana.
Nos primeiros capítulos, apresenta a defesa da bondade em todas as coisas que só podem existir pela presença da bondade "em si".
A prova do Monológio argumenta a partir da existência de muitas coisas boas em direção a uma unidade da bondade, um única coisa através da qual todas as outras coisas são boas.
Ele continua explicando que "coisas" são chamadas de "boas" em graus e formas variadas que seriam impossíveis se não houvesse algum padrão absoluto e alguma bondade "em si", da qual toda bondade relativa é parte.
O mesmo vale para adjetivos como "grande" ou "justo", por meio do qual coisas tem uma certa medida de grandeza e justiça.
Anselmo usa este raciocínio para afirmar que a própria existência de coisas seria impossível sem algum único Ser através do qual elas passam a existir. Este Ser absoluto, esta bondade, justiça e grandeza, é Deus.
Anselmo não se satisfaz completamente com este raciocínio, porém, por que começa a partir de bases a posteriori, ou seja, é um raciocínio indutivo e não uma dedução como preferia.
Filosofia