Benedito e Beatriz, com seus sarcasmos e ditos espirituosos, emprestam variedade e equilíbrio a "Muito Barulho Para Nada". Na comédia, além dos dois amantes, destaca-se a figura de Dogberry que, com sua estupidez maciça aliada à imponente gravidade, se impôs em todos os palcos como um dos tipos mais felizes da vasta galeria das personagens burlescas do dramaturgo.
"Em "Bem Está o Que Bem Acaba" é Helena, com sua fragilidade, beleza e superioridade arguta e espirituosa, quem domina todas as cenas. Para obter o amor de seu eleito, ela serve-se de estrategemas nem sempre lícitos, mas Helena é tão francamente simpática que lhe perdoamos todos os excessos. Colebridge considerava a bela heroína "a mais amorável criação de Shakespeare".