Este livro, rico em emoções, percepções, atitudes e significados particulares, nos brinda com os depoimentos de mulheres que generosamente nos oferecem suas experiências com o parto em sua interface com a assistência. Elas não pretendem retratar o que "deve ser" nem esgotar as diversas expectativas e experiências femininas com o parto. Mas inegavelmente demonstram quão fundamental é a efetiva participação da mulher na condução do nascimento. A ideia de humanização da assistência ao parto não pode ser confundida com o retorno ao passado, pois isso não é possível nem desejável. Tampouco pode ser reduzida ao parto natural, como se qualquer intervenção que venha facilitá-lo ou minimizar a dor deva ser evitada.
Devemos reconhecer que esse acontecimento humano reúne obrigatoriamente no mínimo 3 protagonistas: a mulher, a criança e o profissional de saúde.
A mulher não participa apenas com desejos e expectativas, mas com sua capacidade e habilidades individuais disponíveis para aquele parto. Portanto, é imprescindível ouví-la e efetivamente considerar suas demandas.
Ser protagonista do próprio parto significa ter o papel mais relevante no acontecimento: ter uma função ativa, expressar-se, decidir, tomar parte. Mias do que isso: implica em deixar desejos e instintos virem a tona, a fim de que seja vivenciada a magia da vida.
Filosofia