Mulheres mofadas nas entranhas e nas memórias

Mulheres mofadas nas entranhas e nas memórias Marina Hadlich


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Mulheres mofadas nas entranhas e nas memórias





Algumas memórias, já mofadas, ao serem passadas para as páginas se tornam confusas ou melhoradas. O que importa é que saíram das entranhas para serem arrastadas até outras pessoas por meio dos livros. Deixaram de ser só entranhas, ganharam um corpo, movimento.
Cada registro no papel é uma invenção ou alteração de uma recordação.
Nesta obra, palavras minhas, memórias delas, vozes delas — das personagens.
“Mulheres mofadas nas entranhas e nas memórias” vai te deixar com raiva, tristeza e gargalhadas presas na garganta.

E um conto da quarta capa para ilustrar a minha escrita:
Comi um miojo
Senti o tapa na cara. Hoje demorou até a hora do almoço.
Falei que estava seco e duro. Não conseguia engolir. Pedi água e o tapa veio.
Lambi as lágrimas para ajudar a comer o macarrão de ontem. Mamãe me ensinou a não reclamar. Mas ela não está mais aqui para me dizer o que fazer quando estiver com fome.
Sabor a comida não tinha. Papai tinha colocado o pó do tempero no prato e depois no nariz. Então, ele imitou uma galinha.
Eu ri e ganhei outro tapa, com a ordem de comer logo o miojo.
Engoli junto com o choro.

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