A velha musa que cantava outrora
Nos tempos ermos e no peito meu
É a mesma musa que soluça agora,
Que apenas vive porque não morreu.
Cansou comigo de esperar a aurora,
No ocaso em que meu sonho se perdeu...
Cansou da espera e, solitária, chora...
Somos dois tristes - minha musa e eu!
Bendita sejas tu, musa querida,Que, embora frágil, triste e combalida,
Tu me fazes feliz sofrendo assim...
Ante o amor (que não tive) e a fé perdida,Eu faço versos pra enfeitar a vida:
- Morro cantando a minha dor sem fim!