Na Fragilidade da Palma da Mão reflete a necessidade que todos temos de transbordar para que nos seguremos no marasmo das incertezas futuras.
O personagem principal, sem nome, escreve em seu caderno o projeto de um livro, que logo é interrompido e transformado em uma questão talvez sem resposta mesmo para ele, que reconhece sua falta de direção e se deixa levar nos impulsos que dele se alimentam.
Fugindo da realidade, o escritor, que ora não se reconhece como um, ora acha ser essa sua vocação absoluta, se embrenha cada vez mais não só em si, em seus antigos dramas, mas também nos dilemas dos personagens que criou, reflexos seus.
Um livro sobre o poder da palavra e a luta travada com elas, que embora vã, como bem decretou Drummond, é luta intrínseca ao ser, que acaba por envolvê-lo absolutamente no disparate monumental da linguagem.
Literatura Brasileira / Poemas, poesias