Na minha casa há um leão

Na minha casa há um leão Tatiana Cruz


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Na minha casa há um leão





A arquitetura distribui os aposentos de uma casa de acordo com a funcionalidade. Cozinha para fazer comida. Sala de estar com alguma janela por onde se entre luz, um corredor para poder circular e ter acesso fácil a quartos, banheiros, hall de entrada. Em Na minha casa há um leão, no entanto, a casa é um lugar poético, onde a planta baixa obedece a algum sentido de poesia: a conversa no espelho de cada manhã, o silêncio de cafés e avencas. Bibelôs de viagem, ráfias, chaleira que chia, a lua, os espelhos, os leões e as meninas habitam essa residência não necessariamente arrumada, mas na qual você sempre é bem-vindo se quiser ingressar. Da soleira da porta onde um eu lírico se agita à âncora-raiz dos fundos, quintais, o leitor é ciceroneado por criaturas fabuladas atravessando uma moradia onde há coisas espalhadas pelo chão, bichos pequenos e grandes, uma floresta encravada no CEP de uma cidade qualquer, num tempo qualquer. Uma casa como as casas antigas, perdidas, um imaginário de lugar.

Sobre a autora: Tatiana Cruz é jornalista e especialista em Literatura Brasileira pela UFRGS. Escreve poemas desde criança e, apenas mais recentemente, passou a fazer colagens manuais, que gosta de chamar de colagens poéticas. Tem poemas musicados e gravados nos discos Tresavento (Marcelo Delacroix, 2019) e Limbo (Dany López, 2020). Junto com a escritora Lau Patrón fundou o Sarau Nosotras, evento de abrir voz poético só para mulheres, em Porto Alegre, e, desde 2018, estuda poesia falada feita por mulher na plataforma global de pesquisa que criou no Instagram chamada 1 Minute Slam.

Poemas, poesias

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on 3/3/22


Leitura 066 de 2021 *Cortesia da editora* Na minha casa há um leão [2021] Tatiana Cruz (RS, 1979-) Zouk, 2021, 118 p. Há um tempo já carrego comigo uma citação da psicanalista S. Felman que diz: “Arte é o que faz o silêncio falar”. A partir desse punhadinho de palavras é possível pensarmos a poesia como fenômeno de passagem da esfera privada (o silêncio interior do eu que escreve) à esfera pública (a mixórdia do mundo e seus leitores), ou mesmo o movimento contrário, sobretudo... leia mais

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