Embora a diversidade cultural seja um traço fundante da cultura brasileira, a relação com os saberes, técnicas e conhecimentos medicinais oriundos de comunidades não-hegêmonicas ainda é preconceituoso, orientada pelo viés redutor da ciência moderna, gerando um empobrecimento do acervo cultural e a imposição de modelos exógenos, sem vínculos de pertencimento com os povos dos lugares.
As relações do homem com a saúde e o corpo, resultante das interações entre cultura e natureza, manifestam epistemologias e técnicas singulares, historicamente situadas, cuja compreensão torna-se enriquecedora para a humanidade. Revelam, ainda, a pluralidade das misturas etno-culturais, traduzida pela síntese do caboclo brasileiro, em cuja trilha aqui nos aventuramos.