"Este livro analisa a antiga proposição hindu de que 'o mundo é som' - Nada Brahma, em sânscrito clássico - oferecendo numerosos exemplos extraídos da ciência moderna, da arte, da filosofia e de várias tradições espirituais. Joachim-Ernst Berendt é, indubitavelmente, qualificado para conduzir essa análise, considerando-se que dedicou toda a sua vida profissional à música, com uma longa e destacada carreira como crítico de jazz e produtor de discos, concertos e programas de rádio. Com entusiasmo maravilhoso, ele leva o leitor a uma viagem através do micro e do macrocosmo, da 'harmonia das esferas' às canções dos golfinhos, das baleias e a outros 'sons marítimos'. Essa viagem continua através do entrelaçamento dos padrões rítmicos da comunicação humana, das vibrações das moléculas e dos átomos. Berendt estende a noção de ritmo também aos 'ritmos estáticos' dos cristais, aos padrões estruturais regulares dos organismos vivos e à 'geometria sagrada' presente em código nas grandes catedrais europeias.
"Para o autor, a compreensão de que o mundo é som tem implicações profundas, não só para a ciência e a filosofia, mas também para a nossa vida cotidiana e para a sociedade. Ele argumenta que, há alguns séculos, nossa cultura ocidental vem dando ênfase exagerada à visão em detrimento da audição. Portanto, a nossa atual mudança de paradigma inclui, segundo Berendt, uma modificação essencial dessa ênfase, da visão para a audição. Com energia impressionante, ele mostra que essa modificação 'dos olhos para os ouvidos' coincide com a mudança dos valores masculinos para os femininos, que tantas vezes tem sido associada à nossa transformação cultural - ou seja, da análise para a síntese, do conhecimento racional para a sabedoria intuitiva, do domínio e da agressividade para a não-violência e a paz."
Do prefácio de FRITJOF CAPRA
Esoterismo / Não-ficção