Nada será como antes

Nos anos vinte a economia brasileira era um mar de café que entre 1920 e 1930 respondeu por 69,6% das exportações. A borracha, o segundo produto, representava apenas 2,5%. Em 1922 o país contava com cerca de 32 milhões de habitantes e a grande maioria vivia no campo. Mas a partir dos anos vinte esse cenário mudou radicalmente: a população das cidades cresceu, o país se industrializou e modernizou.
Nada será como antes fala de como o Brasil deixou de ser uma grande fazenda de café tornando-se uma das maiores economias industriais do mundo. O livro aborda a evolução política de 1922 a 1954 e a modernização do sistema político, da legislação social e da cultura brasileira no período. O terceiro capítulo, por exemplo, Tupi or not Tupi: that‘s the question, aborda a obra e as idéias estéticas e políticas dos modernistas da primeira geração (Oswald, Mário de Andrade, Tarsila, Di, Manuel Bandeira, Drummond e outros) e sua contribuição para a modernização da arte, dos costumes e da maneira de ver o Brasil.

O autor do livro é João Alexandre Viégas, doutor em História pela USP. Segundo ele, o livro adota uma linguagem extremamente clara, reconhecendo que “a reflexão histórica deve sempre ter em conta a advertência de Goethe, que, pela boca de Mefistófeles, em Fausto, nos lembra que cinza é toda teoria mas verde é a árvore da vida.