"A marginalidade é, sem dúvida, uma bomba-relógio colocada nos alicerces da sociedade americana. Mas esta é uma ameaça a longo prazo e o traço característico da cultura dos 'bem de vida' é a prioridade absoluta de curto prazo. Ajudar os excluídos a se promoverem econômica, social e humanamente exige ação do Estado e o consequente aumento dos gastos fiscais. Ora, isso não se faz sem elevação dos impostos que recaem sobre os mais ricos, ou seja, sem impor algumas restrições ao consumo conspícuo deste grupo social. Pagar esse pequeno preço a curto prazo a fim de desativar uma bomba-relógio que pode explodir tudo a longo prazo não entra de modo algum nem nas cogitações dos 'bem de vida' nem nas teorias econômicas que buscam justificar os seus interesses".
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