Apesar de suas ambiguidades ou mesmo tentando reduzir as contradições da obra, ler Nietzsche no paradoxo é o projeto desse livro. O desenvolvimento da obra retoma a divisão tradicional do percurso de Nietzsche em três momentos, centrado respectivamente em "O Nascimento da Tragédia"; "Humano, Demasiado Humano" e "Para Além de Bem e Mal". Particular atenção é dada às relações de Nietzsche com o cristianismo e com o moral. Um constante vaivém com os fragmentos póstumos esclarece a leitura das obras. No final das contas, o filósofo artista é aquele que figura e desfigura, pois não se contenta com a contemplação do mundo, mas quer transformá-lo.