O título 'Um francês entre os franceses' foi organizado pela professora da USP Scarlett Marton. É a própria Marton quem reconstitui a recepção de Nietzsche na França, dos primeiros tempos até a atualidade, no primeiro texto, 'Voltas e reviravoltas'. É na França que Nietzsche quer ser lido. Se ele reivindica proximidade com os franceses, não é apenas por pretender diferenciar-se de seus conterrâneos. Sua predileção por esse país se deve, entre outras razões, ao fato de considerar que ele possui ‘superioridade cultural sobre a Europa’, pois seus habitantes chegaram a uma síntese do norte e do sul, explica a organizadora.