Nó em Nós

Helena pode ser definida como uma típica mulher empoderada, independente e que aprendeu cedo que teria que tomar as rédeas da própria vida para sobreviver, gostasse da ideia ou não. Com a morte da mãe com quem morava desde que seus pais se separaram, precisou lidar ainda com outra dor – a de descobrir que estava sendo traída pelo namorado no período mais difícil da sua vida. Mais do que forte, ela sabia que precisaria tomar algumas decisões que mudaria completamente o rumo da sua história para recomeçar, e ela estava disposta.

Raphael, um otimista por natureza, sempre contou com o apoio da família que além de sua maior incentivadora, contribuiu também para que ele pudesse estudar e criar suas próprias receitas e restaurante. Embora a vida fosse boa, o sentimento era de um vazio que ainda precisava ser preenchido, mas ele ainda não sabia como. Mesmo em um relacionamento há anos, os planos para o futuro não pareciam animadores, mas necessários - o que não lhe agradava muito. Afinal, as coisas eram para ser confortáveis e morna daquela forma?

Ambos não demorariam a entender que a vida sempre oferece uma segunda chance, terceira ou quarta... que decisões mudam e as escolhas também. Que o que te faz feliz hoje pode ser sua maior fonte de angustia amanhã. E que alguns encontros já estão programados. Este pelo menos parece ser o caso de Helena e Raphael, que quando se encontraram não tiveram dúvida de que um nó pode representar mais do que um entrelaço, pode significar também um encontro de almas. Para algumas pessoas destino, para outras sorte.

Juntos, eles têm a chance de descobrir o verdadeiro sentido do amor, da cumplicidade e o peso de algumas renúncias e da dor de perder quem a vida se encarregou de colar onde deveria estar.