"Como Nuno é artista plástico renomado, tendemos a achar que ele vem das artes plásticas para as letras, mas este Ó faz pensar que na verdade ele está voltando, que, em sua aventura expressiva, as palavras são um primeiro fascinador, contra cuja resistência e vezo metafísico ele lança de volta um corpo, um corpo plástico, o seu próprio e os corpos do mundo, coisas, bichos e gente, carne mísera e exultante, com um impudor e uma dilaceração de Terceiro Mundo que fariam corar, digamos, aquele corpo que pensa, da filosofia francesa. Este Ó esquadrinha esse embate por todos os lados, com imaginação solta e lógica implacável, com verve e humor extraordinários, que eu, como leitor, não gostaria de perder." (José Antonio Pasta)
Literatura Brasileira