Obcecado pela fama, o alemão Rainer Werner Fassbinder sonhava ganhar os três mais importantes festivais de cinema do mundo – Berlim, Cannes e Veneza – e o Oscar de melhor diretor, tudo no mesmo ano. Seria, então, capa da revista Time, segundo seus próprios cálculos. Mas foi em 1982, ano programado para essa proeza, que Fassbinder morreu, vítima de uma overdose que seus amigos mais próximos já previam. Em 13 anos de carreira, dirigiu 43 filmes. Sempre polêmico, escandalizou a sociedade alemã com seu comportamento nada convencional. Este livro carinhoso e surpreendente revela, contudo, alguém que buscava, de forma até infantil, ser amado. E que, no fundo, queria – segundo o cineasta Daniel Schmid, seu amigo e ex-amante – “ser Marilyn Monroe”. Morreu como ela, com a mesma idade.