Amar é uma necessidade e uma característica humana. O que não é característico no amor são os apetrechos que normalmente se colocam nele. Querem o amor fiel, mas ele não o é, simplesmente, porque o homem não é um animal monogâmico. A cultura coletiva é uma coisa. O sentimento do indivíduo é algo muito diferente. Vale a pena conhecer essa tese que se confunde com a realidade. Mas, fica a advertência: o texto é cortante.
O filósofo Antonio Stélio apresenta neste livro uma visão do amor que, embora não seja inédita é pouca divulgada ou aceita. Ele defende que o amor tem uma essência trágica, que não possui nenhum dos valores cristãos ou mesmo que possa ser adjetivado. Vai mais além: afirma que o amor tem uma face necessariamente cruel e que, mesmo assim não podemos prescindir dele.