Criado à imagem e semelhança de Deus, como descreve o Gênesis, o ser humano em muitos momentos se vê como senhor da natureza, que pode ser controlada e dominada em seu favor. Essa visão antropocêntrica, que se une ao pensamento materialista e científico da era industrial, é responsável por grande parte da degradação da natureza, que pode levar à destruição da própria humanidade.
Marcelo Barros e Frei Betto contrapõem-se a essa tendência e apresentam, por meio dos textos sagrados, uma releitura da relação do ser humano com a natureza. No lugar da dominação, a comunhão espiritual com o meio ambiente. Dessa forma, os autores propõem uma espiritualidade ecológica capaz de modifi car uma visão puramente econômica dos recursos naturais. Com uma perspectiva interdisciplinar, Barros e Betto seguem os passos metodológicos da Teologia da Libertação: ver, julgar e agir.
Na primeira parte do livro, apresentam dados atualizados sobre o meio ambiente, os sistemas econômicos e as diferenças sociais. Após ver e estudar a realidade, abordam o problema a partir de uma teologia ecumênica, que reúne mensagens ecológicas de filosofias e religiões ocidentais e orientais. Por fim, recorrendo a estudos inovadores, sugerem propostas para transformar a situação. Com uma linguagem clara e por vezes poética. O amor fecunda o Universo é um documento esclarecedor e transformador a favor da vida.
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