O Amor Lacan

O Amor Lacan Jean Allouch


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O Amor Lacan





Definição: o amor é aquilo que põe o narcisismo a serviço de uma enganação. Qual é ela? Quais são as vias? Suas conseqüências? O que ali é passado para trás? Como o psicanalista pode jogar com isso? “Enganação”: se essa palavra por um tempo ressoou em Lacan como associada ao simbólico (a enganação valendo como dêitico de que de fato se estava às voltas com um sujeito), é bem num outro sentido que ela aqui intervém. A enganação do amor, a enganação que é o amor, surge nos seminários em 12 de fevereiro de 1964. Neles reaparecerá, algumas vezes, pelo menos em fevereiro de 1966. Mas o próprio fato vai continuar sua estrada bem para além dessa data e sofrer notáveis transformações. Na linha “enganação”, o amor é designado como uma “falsidade” em 17 de junho de 1964, com uma “negação” e, 7 de dezembro de 1966, como um “monstro” ou ainda como “importuno” em 18 de janeiro de 1967, como um “melaço” em 21 de fevereiro de 1968. Em 9 de junho de 1971, de maneira talvez mais neutra, ele é apresentado como uma mascará. Não se imaginará, pelo menos a priori, que o amor assim colorido seja diferente do amor como dom daquilo que não se tem que, este, ainda que por pura cretinice, parece dar alguma esperança e satisfazer a ética. Ao contrário, seria possível que o amor como dom daquilo que não se tem fosse ele mesmo enganação, falsidade, negação, monstro, melaço, máscara.

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04/10/2010 18:51:09

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