O Arado, terceiro livro da coleção, é apresentado por Luís da Câmara Cascudo e foi publicado no ano de 1959. Carlos Drummond de Andrade foi peça fundamental neste livro. Zila recorre a ele, enviando-lhe os originais e pedindo-lhe conselhos. Após receber os poemas originais de O Arado, Drummond ressaltou, numa carta a Zila, a sua alegria de vê-la “crescendo em poesia” e o seu constrangimento em propor qualquer modificação a um poeta. “Receio ainda sugerir o que é apenas a minha verdade, uma verdade precária nos limites do meu ser”, disse Drummond, porém, em seguida, deu algumas sugestões: “[…] gostaria de certas audácias, como transformar substantivos em adjetivos ou compor palavras misturando as existentes, mas deixando claro para o leitor o elo que as prende. O mais é uma técnica de economia: cortar palavrinhas desnecessárias (o, um, seu), encurtar, acelerar, tornar mais direta e violenta a dicção. De importante não vejo nada a censurar. E o livro saiu uma doçura rural completa, uma coisa de terra e vida incorporada à terra, que torna autêntica sua poesia […]”.
Quando O Arado foi publicado, a autora enviou a Drummond, que lhe escreveu em 11 de fevereiro de 1960: “Zila, amiga querida: Seu livro está aqui, encantando um velho leitor que já o conhecia bem e agora se alegra de tornar a ver o amigo. Tão puro ele é em sua aderência à terra, aos bichos, à vida natural”.
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