Dois homens em uma ilha deserta. Um sobrevivente de um acidente aéreo, o outro, nativo do lugar. Fazendo-se herdeiro da hierarquia do mundo dos civilizados, o sobrevivente procura estabelecer uma relação de dominação, nomeando-se imperador de uma civilização fictícia. Mesmo fazendo-se supremo mandatário de uma nação impossível, o imperador constata que seu único súdito goza de mais vantagens do que ele por não ter passado nem memória. Por outro lado, o nativo deseja tornar-se civilizado e culto, acalentando a ilusão de que por este caminho descobrirá o que é ser feliz. A inveja mútua os nutre, assim como, tentar entender as artimanhas da vida: a solidão, o fracasso, o conhecimento, o amor, a felicidade, a filosofia, o poder, e as relações humanas.