Não vou lançar mão de subterfúgios. Ela não vai me perguntar alguma coisa para que eu explique o porquê de tudo, o porquê de nada, o porquê é assim e não foi assado. Foi-se o tempo das perguntas. As respostas prostituíram a esperança e o sol de cada dia embaçou nossas vistas. Nossa lida deixou de ser vida. Nosso corpo é máquina imperfeita. Eliminada sem piedade. Há mais vida nesse prédio do que em todas nós aqui reunidas.
Este canto é um lamento.
Lamento
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Literatura Brasileira