LIZ SWAN:
Casar-se por amor: Rara oportunidade.
Casar-se com o grande amor de sua vida: Extremo fortúnio.
Deveria sentir-me privilegiada, pois o homem com quem me casei é exatamente isso: quem amei desde... SEMPRE.
Não há nada romântico nessa união. Pouco reconheço do meu amor de infância nele.
Arrogante, narcisista e mentiroso.
Luto contra as memórias vivas de seu amor, cuidado e proteção, contra meu coração que insiste em acelerar quando está muito próximo; e contra a confusão em minha cabeça quando me surpreende com atitudes gentis e gestos nobres.
Preciso ser forte.
Não sou mais a garota ingênua sobre quem sempre teve total controle.
TRISTAN SAWYER:
Casamento sempre esteve fora dos meus planos.
Trazer Liz para perto depois de sete anos, também.
A culpa é minha.
Sempre a mantive por perto, protegendo-a, dando-lhe o que esperava de mim, mesmo sabendo que jamais seria capaz de retribuir seu amor.
Eu não amo ninguém. Talvez nem a mim mesmo.
É difícil saber amar quando tudo que aprendeu desde pequeno foi odiar.
Sou feito de ira, de força, de violência.
Não há espaço dentro de mim para amar ou ser amado.
Me amar é fardo pesado, impossível de ser carregado.
Uma prisão perpétua com grades intransponíveis.
Por isso esse casamento tem data de validade.
Tudo que preciso fazer é mantê-la segura e distante de mim ( e do meu coração) e de quem quer lhe fazer mal.
Preciso de tempo para cumprir uma antiga promessa e, finalmente, libertá-la.
Jovem adulto