O Crime Descompensa

O Crime Descompensa Nilton Bonder


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O Crime Descompensa


Um Ensaio Místico Sobre a Impunidade




Para Nilton Bonder, a sociedade brasileira vive uma crise fundamentada na diferenciação entre valor e crença. O comportamento das elites que formam o Brasil é baseado no conceito de que, sem punição, a impunidade domina. Em O crime descompensa – Um ensaio místico sobre a impunidade, Bonder propõe uma ética pela qual a sociedade perceba que a questão não é saber se o crime compensa ou não, mas sim que ele sempre “descompensa”, ou seja, nunca traz ganho para quem o comete. O lançamento encerra o projeto de edição da obra completa de Nilton Bonder pela Rocco. Ao total, a Editora possui 17 títulos do rabino em catálogo.

Ao analisar o dito popular “o crime não compensa”, Bonder afirma se tratar de uma crença constantemente contestada pela realidade, na medida em que traz embutida a ideia de que não se deve cometer um crime somente porque não vale a pena, e volta e meia nos deparamos com casos de infratores dispostos a correr o risco. Entretanto, quando se define o crime como condenável ou ruim, é estabelecida uma noção de valor, deixando o ato criminoso fora dos padrões aceitáveis pela sociedade.

Segundo o autor, qualquer delito, mesmo que traga um ótimo resultado financeiro para um indivíduo, desequilibra a sociedade como um todo. Partindo do pressuposto de que a impunidade, no fundo, não existe, Bonder frisa que o ato criminoso descompensa quem o pratica, uma vez que a pessoa tem a consciência de estar contrariando valores que conhece e, com o tempo, isso afeta sua qualidade de vida. Quanto mais infrações comete, mais desconfiada ela se torna, perdendo a inocência e tomando o caminho da autodestruição.

O crime descompensa tem seus capítulos organizados em duas partes: crise e saída. Na primeira delas, Bonder alerta para a importância de permanecer o maior tempo possível jogando dentro das regras que definem um nível de desenvolvimento moral superior, longe do imediatismo e do individualismo. Na segunda, ele deixa claro que a indiferença é a força mais desestruturadora que pode existir e fala da importância de se ajustar para servir ao todo, pensando sempre no coletivo. Em ambas, o autor usa histórias da tradição judaica e casos que viraram notícia nos jornais para exemplificar seus pontos de vista.

De acordo com Nilton Bonder, o ideal para a humanidade é formar e educar a fim de que as pessoas prezem valores e consigam ser justas na medida exata de seu direito e responsabilidade. O bem não é um objetivo, e sim um processo. Ao tratar de questões como crime, corrupção e injustiça, o autor dá a sua contribuição para uma sociedade madura, capaz de realizar plenamente suas potencialidades e fazer com que sua cultura e seu legado civilizatório transcendam a dimensão da imposição e da disciplina

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