De longe, eu apenas observava. Em meu silêncio cabiam todas as palavras, todas as lembranças. Eu via as casas decaindo, afundando, como se tivessem sido construídas junto à praia e agora uma onda ciumenta limpasse seus rastros, todos eles. Cada novo estrondo era seguido de um tremor, e mesmo que eu nunca tivesse visto o mar, imaginava que ele fosse agitado assim, em suas famintas tempestades.
Fantasia