O Deus Que Me Toca a Pele (Viagens na ficção)

"Necessariamente, a experiência com o Sagrado passa pelo corpo, sem dicotomia, em toda a sua plenitude e integralidade. A Revelação emerge desse canal ambivalente, precário, impreciso, livre e belo que é o ser humano. O coração onde Deus nos toca é de carne e sangue. Parafraseando o poeta Paul Valéry, 'o mais transcendente é a pele'. É no corpo, com todas as suas potencialidades e linguagens - audição, visão, paladar, olfato, tato, memória, impulsos, consciência, química, inconsciência, sinapses e emoções, que a experiência com o Sagrado é viável. Imprescindível. O encontro com Deus acontece no corpo conectado a outros corpos. A experiência com o divino é comunitária - pele na pele. Na escuta, nas trocas, na apreciação do outro, no socorro aos oprimidos encontro Deus."

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