Desconhecemos o nome do autor deste livro. O pouco que sabemos sobre a sua origem e os anos da sua juventude deduzimos do que ele nos conta nestas páginas. Abandonando em fins do século passado suas atividades na Alemanha, fez longas viagens que o levaram até a Índia onde, graças aos cuidados de um criado hindu, recuperou-se totalmente de antigos problemas de saúde. Esse mesmo criado, integrante da Grande Fraternidade Branca, cuidou de conduzí-lo ao caminho espiritual apresentando-o a um grande mestre que o acolheu no mosteiro da Fraternidade, onde se submeteu às rigorosas leis do discipulado.
O que ele teve de dominar nas diversas etapas de seu aprendizado para se tornar também um mestre é espantoso e sua narrativa é altamente instrutiva. No entanto, no livro, elas são descritas de forma tão simples e clara que ninguém, apesar dos muitos fatos fantásticos ali narrados, pode duvidar da veracidade dos acontecimentos extraordinários a que ele se refere.
Conseguido o indispensável amadurecimento, o Eremita foi enviado para o mundo. Depois de anos de intensa peregrinação, estabeleceu-se incógnito como um hábil fazendeiro num dos Estados do sul dos Estados Unidos.
"Os Comunicados do Eremita" - textos de base para este livro - apareceram pela primeira vez e de forma irregular em jornais e, posteriormente, também em forma de livro. Os poucos exemplares que chegaram à Europa foram muito apreciados nos círculos exotéricos e preservados como um tesouro precioso.