Uma análise humanista de nossa época coloca a nu a mutilação da praxis pela manipulação, a necessária irracionalidade de uma vida voltada para o consumo supérfulo e humanamente insensato. Uma visão concretamente historicista revela as possibilidades de mudança e transformação latentes, embora dissimuladas pelas aparências feitichizadas que se pretendem imutáveis. A dialética, finalmente, denunciaria a contradição entre um mundo aparentemente "organizado" (com os meiso da razão burocrática) e a irracionalidade objetiva do conjunto da sociedade, superando assim os limites de uma "razão" que se concentra nas regras, nos meios, enquanto abandona como incognoscível o conteúdo e a finalidade da vida e da sociedade.