Quantas pessoas esperam até hoje o reconhecimento ou a atenção com que tanto sonham de seus pais, maridos, esposas, filhos, chefes, dentre outros? O que as mantêm nesta ciranda viva de uma esperança que nunca se cumpre? Existe algo em nossa natureza que nos hipnotiza frente aos desejos de atenção tão necessários quão caros? Que compensações tentam acalmar as inevitáveis frustrações?
O amor-próprio reclama por reconhecimento, e mais se assemelha a um arco-íris que, mesmo se perseguido com admirável empenho, desaparece no exato momento em que é alcançado. Assim parece ser as nossas vidas, uma estrada interminável com promessas de inebriantes reconhecimentos em seus destinos.
Poderá mesmo uma taça de reconhecimento matar a sede da importância própria, se a viciante bebida já nos fez seus mais diletos reféns?
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