O Fusquinha cor-de-rosa

O Fusquinha cor-de-rosa Caio Riter


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O Fusquinha cor-de-rosa





O fusquinha cor-de-rosa: quando o preconceito causa dor, solidão e infelicidade



O que você faria se fosse um brinquedo e nenhum menino nem menina quisesse brincar com você? Pois foi exatamente isso o que aconteceu com o fusquinha cor-de-rosa, na história de Caio Riter, com ilustrações de Elma.



As crianças da casa em que mora, o Beto e a Bia, se recusam terminantemente a brincar com ele. O motivo: meninos não brincam com brinquedos cor-de-rosa, meninas não brincam de carrinho.



Além do preconceito e da discriminação, o livro aborda, sobretudo, a questão da identidade e das diferenças (convencionais) de gênero. A idéia surgiu da percepção, pelo autor, de que ainda hoje, há muito preconceito na sociedade. Segundo Riter, ainda se faz muita distinção, por vezes absurda, do que compete ao homem e do que compete à mulher. Neste sentido, O fusquinha cor-de-rosa, de forma lúdica e simbólica, propõe aos pequenos leitores, todas essas questões que revelam o quanto o preconceito pode trazer tristeza e solidão às pessoas.



Por ter “nascido” cor-de-rosa, o fusquinha traz em si traços tanto masculinos quanto femininos. E, por ser meio híbrido, meio diferente, sofre para ser socialmente aceito. Dessa forma, representa todo aquele que foge aos padrões convencionais. A grande sacada do autor foi expor às crianças que a despeito das diferenças, são justamente elas que têm muito a contribuir para com todos; que as pessoas não podem ser consideradas tendo em vista seus traços físicos, seus trejeitos, seus gostos. Neste sentido, o livro propicia um excelente trabalho com a aceitação das diferenças, tanto no que diz respeito àquele que discrimina quanto àquele que sucumbe à discriminação. O texto revela que não é ficando no fundo da caixa, ou seja, não é se isolando do mundo à volta, que se consegue mostrar os próprios valores, as próprias aptidões. Abre espaço para a fantasia, para a brincadeira, buscando a identificação da criança não só com o Beto ou com a Bia, mas, sobretudo, com o fusquinha, tendo em vista que todas pessoas são, de uma forma ou de outra, passíveis de sofrer discriminação ou algum tipo de preconceito.



Assim, transferindo-se para o lado humano, a questão mais radical que a narrativa propõe é: O que faz uma pessoa ser uma pessoa? A sua cor de pele, o gênero a que pertence, o modo ser e de viver, o grupo social, ou nada disso? Muitas descobertas acerca da natureza humana podem fazer as crianças a partir da leitura deste livro, que no final, traz ainda a história e as regras da brincadeira “sapata”, também conhecida como amarelinha.


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13/11/2009 19:26:14

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