O galo músico

O galo músico Fernando Sabino


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O galo músico





A obra reúne criações literá;rias concebidas em diferentes fases da vida do escritor mineiro, “da juventude à maturidade, do desejo ao amor”.
A primeira, escrita ainda muito jovem, conquistou um prêmio de âmbito nacional no Concurso Permanente de Contos da revista Carioca, que assim se manifestou: “Este conto é engenhoso. Revela qualidades de invenção e humorismo. Com trouvailles assim, muita gente tem escrito histórias que andam por aí, em livros e traduções. Convém acentuar, porém, que seu autor é quase um guri: um rapazinho de 14 anos.” Na apresentação do conto, o autor confessa que, embora exultante com o prêmio, o “rapa-
zinho de 14 anos” não sabia o que queria dizer trouvailles e não gostou nada do “guri”.
Aos 18 anos, Sabino conquista um prêmio ainda maior: a admiração de Má;rio de Andrade, numa carta de louvor ao seu conto “O companheiro” — narrativa de uma garotinha, na sua própria linguagem, sobre a amizade dela com um menino da mesma idade. Já; o conto “O galo músico” se inspirou num galo de estimação de seu pai (cuja memória ele tanto prezou em No fim dá; certo). O diabo do galo só fazia atormentar o jovem estudante, cantando dia e noite sob a janela de seu quarto. No conto, o personagem confessa que por pouco não o estrangulou. Seu pai gostou do conto, mas o aconselhou a viajar, conhecer outros lugares e pessoas mais interessantes. Seguiu o conselho, correu o mundo, mas não conheceu ninguém como seu pai. E confessa ter passado, daí em diante, a “ouvir o galo cantar sem saber onde”.
Segue-se a novela “O outro pai”, sobre o drama de uma jovem adolescente lutando contra a paixão que lhe inspira o homem de quem se julgava filha. A vida adulta se inaugura sob o signo do desejo, nos amores de um estudante por sua senhoria e na iniciação de um jovem pela “ Primeira loura”, com seu repertório de requintes na cama. “O marido fiel” é aquele que encerra a noite de boemia nos braços de sua própria mulher. E “A menina de Búzios” vem a ser uma ninfeta, cuja lascívia o próprio Petrônio jamais imaginaria pudesse se inspirar no menino do seu Satyricon.
Em “O rosto”, o que há; de mais noturno na vivência do autor remete-o de novo aos 18 anos, ante a visão sinistra de um rosto através da vidraça. A noite é uma criança — uma menina a fugir da lascívia dos homens. E depois que “O fariseu” passa pela experiência infernal da maconha, a noite de amor da última novela, como no verso do poeta, é uma “Noite única”.

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FS - O Galo Músico
on 22/5/20


Peguei esse livro com os pontos do cartão, com a Livelo, tenho um grande carinho pelo Fernando Sabino, gosto da sua escrita e de como ele transcreve uma realidade tão verdadeira. Esse livro, são o compilado de alguns contos, e novelas dele, muito prazeroso a leitura, textos curtos de historias do cotidiano. Destaco aqui, duas que eu adorei, "Noite Criança" que ele recria o ditado " a noite é um criança" trazendo um historia real, e com um significado muito triste, e a Novela "Noi... leia mais

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Trocam1
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Luis Netto
cadastrou em:
17/03/2010 19:32:37

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