O Grande Morto

A produção é de responsabilidade de quatro grandes nomes dos quadrinhos franceses, ficando o roteiro por conta de Règis Loisel e Jean-Blaise Djian; os lápis são de Vincent Mallié; as cores de François Lapierre. Loisel é um veterano roteirista e desenhista que surgiu nos anos 80 com a obra Em Busca do Pássaro do Tempo, na qual desenhou os quatro primeiros volumes, saga essa que foi escrita por Serge Le Tendre. Nos anos 90, Loisel se tornou uma lenda ao adaptar em seis volumes a obra Peter Pan, de James Barrie. Se dedicou a ela durante 14 anos de sua vida. Djian é um caso raro, se não insólito: não se conhece nenhuma obra ilustrada por ele, mas muita coisa escrita, devido a sua chegada tardia ao meio, em 1987, já com 35 anos. A parceria com Loisel foi perfeita na composição do roteiro: trabalham como se fossem uma única mente.

Djian/Loisel se conhecem muito bem, como fica claro em O Grande Morto, uma história onde cada quadro foi meticulosamente estudado em seus diálogos, em sua composição e em seus argumentos.

Quando se vive tanto tempo na indústria dos quadrinhos, é porque se sabe como fazer as coisas. Djian e Loisel costroem uma trama que tem muito a dizer. Contam uma história de fantasia sobre a interligação entre “o pequeno povo” e os humanos... e também um drama apocalíptico, devido as desastrosas conseqüências de uma ruptura no comum equilíbrio entre as duas raças.