Desde o advento do fenômeno Clarice Lispector que expandiu a vida sensível para um lugar que ultrapassa o literário e inaugurou a estranheza na literatura brasileira, temos visto o surgimento de escritas do corpo, escritas que expandem os contornos do corpo, verdadeiros atos de presentificação de linhas de força que explicitam através do literário, aquilo que escapa, que não cabe e que podemos chamar de experiência da auto-alteridade como ato de escrita, onde a vida sensível é tensionada através da linguagem para regiões de expressão que estão além dela mesma, é o caso deste primeiro livro de Olga Amazonas que lemos para descobrir como se sofre de infinito a partir do finito
Marcelo Ariel
Literatura Brasileira / Romance