Traçando um perfil do Brasil moderno e de sua história recente, Rodrigo Barbosa cria figuras ora grotescas, caricaturais, farsantes, ora delicadas como Cecília, cuja grandeza não é percebida pelo mundo. Por delicadeza ela perde a sua vida. Ao contrário, a libertária, up to date Juliana a ganha. O autor conserva as melhores características da literatura do século XX (sutileza, ambivalência) e ressuscita, com grande estilo, o folhetim do século XIX, criando uma atmosfera quase circense. Trabalha com o dito, o não dito e com o que ainda está por dizer. É nesse ponto que inova, e se apresenta como um escritor que vai marcar, no Brasil, a literatura contemporânea.