O Julgamento de Páris é uma atualização do mito grego de Páris, o herói que, com o seu julgamento, provocou a Guerra de Tróia. Páris foi obrigado a julgar qual a mais bela: Hera, esposa do deus mais poderoso (Zeus), Atena, deusa da sabedoria e Afrodite, a deusa do amor. Uma lhe prometeu o poder; outra, inteligência e vitória em todas as guerras, e a terceira lhe garantiu o amor da mortal mais bela. Em O Julgamento de Páris não há nenhuma guerra. Há apenas o jovem americano Philip Warren, recém-formado em Direito, com dinheiro no bolso e um ano de férias na Europa pela frente. O tempo para decidir o que realmente quer da vida. Neste período, ele espera por algum tipo de revelação que lhe mostre quem é, na verdade Philip Warren. Entre aristocratas decadentes, homossexuais e estudantes, surgem três fascinantes mulheres: somente uma delas possui as respostas às suas buscas. Com várias referências à mitologia, algumas bastante sutis, Gore Vidal constrói um livro capaz de agradar a gregos e troianos: os que conhecem os antigos mitos se deliciarão em descobri-los por trás dos personagens; os que nada sabem de mitologia, ainda assim, têm nas mãos um romance ágil e profundo, uma obra admirável.