Sobre a ilhota se erguem apenas a casa e o farol.
Todo o resto é vastidão. O mar sem fim que veste o mundo.
Samir é um prático, alguém que guia os navios em segurança até o porto. A sua vigília — e a sua vida — se passam na ilhota. Ambos, homem e rocha, prestam contas apenas para céu e mar.
Após quarenta anos no mar, a tormenta que Samir agora enfrenta é de um tipo diferente. A intempérie que se aproxima é interna, insidiosa, mas, ainda assim, devastadora: Samir está se esquecendo das coisas.
Enquanto assiste ao ocaso da própria mente, Samir é confrontado pela realidade de um mundo que está mudando e se tornando cada vez mais perigoso. Será possível continuar navegando em meio às ameaças que não param de se multiplicar?
O mar que veste o mundo é sobre o diálogo intraduzível que ocorre entre velejador, céu e mar, e como essa linguagem pode nos socorrer nos momentos mais difíceis. Também é sobre amizade e a definição do que é um porto seguro.
Fantasia / Literatura Brasileira