O Mel Silvestre

O Mel Silvestre Horácio Quiroga


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«Benincasa havia sido advertido de antemão acerca das estranhas formigas que, por estes lados, designamos de correição. De tamanho minúsculo, cor preta e superfície lustrosa, deslocam-se com ligeireza em colunas mais ou menos amplas. Alimentam-se quase exclusivamente de carne. Comem tudo o que se lhes atravessa o caminho: aranhas, grilos, escorpiões, sapos, víboras, e tanto quanto não consiga escapar. Não existe animal, grande ou forte, que não se ponha a léguas. Assim que invadem uma residência, é de temer que devorem todas as criaturas, posto não haver esquina ou cavidade recôndita em que não se encafuem. Os cães desatam a ulular, os bovinos a mugir, e não resta senão dar à soleta, sob pena de sermos roídos até aos ossos ao fim de dez horas. Detêm-se num mesmo local por um, dois, ou mesmo cinco dias, consoante a abundância de insectos, carne ou gordura. Dando o banquete por terminado, rumam a outras pastagens.»

Terror

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Erica.Mayumi
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