Vicente está cansado de, para tudo, ter que enfrentar contradições diárias, ou melhor, noturnas: o que fazer com um destino eterno e solitário, quando se tem todo o inconformismo e as aspirações da juventude presos num corpo que não pode nem ver a luz do sol? Para sair da fossa, ele resolve deixar de lado o idealismo, a procura pelo irmão gêmeo sumido, as lutas políticas, e dar uma chance à morte-vida, reacendendo nele aquilo que mais o animava antes de virar um vampiro: a arte. E é na vila de Recife, num casarão mal-assombrado, que decide montar um ateliê de pintura. Mas o ano é 1817 e logo a paz de Vicente terá fim. Os primeiros movimentos da Revolução Pernambucana começaram a agitar os republicanos da região. Mesmo tentando se manter longe de toda a confusão, a amizade com os revolucionários João Ribeiro e frei Caneca fará com que seja impossível não tomar parte na luta por justiça - ainda mais quando um amor inesperado aparece e um cruel traficante de escravos resolve atravessar o seu caminho Conforme a nova ortografia da língua portuguesa.