O monstro peludo

Uma história de rei, princesa e monstro. Mas tudo de perna para o ar. Em O monstro peludo, lançado agora por Edições SM, as ações dos personagens estão longe de serem as usuais dos contos de fadas. Eles assumem funções diferentes. Aqui é a princesa, personagem que tradicionalmente corre perigo e precisa ser salva, quem se dispõe corajosamente a socorrer o próprio pai, medroso e assustado. Um conto divertido que estimula a imaginação e a fantasia de leitores iniciantes (a partir dos 6 anos).
O monstro dessa história é um ser coberto de pelos, está cansado de comer ratos e sonha em experimentar humanos. Certo dia, a criatura captura o rei que passava em frente a sua caverna. Para não ser devorado, o monarca acaba trocando a liberdade pela de Lucila, sua filha.
Corajosa e sem traços sequer remotos que lembrem uma princesa recatada, a menina passa a brincar com a aparência da vil criatura. Diante de tanto pelo, a audaciosa garota brinca com as palavras, sobretudo com a sonoridade delas, valendo-se de rimas e frases nonsense, transformando o sentido das situações: o que seria perigoso e assustador passa a ser engraçado e divertido. Cada vez mais irritado com a petulância da garota, o monstro incha até explodir, revelando-se um príncipe que havia sido enfeitiçado.
Com um texto sonoro, da escritora francesa Henriette Bichonnier e ilustrações bem-humoradas de Pef (como ficou conhecido Pierre Elie Ferrier), O monstro peludo é uma mistura irreverente e terna de personagens “ao avesso”, numa narrativa ágil que faz pensar e rir ao mesmo tempo.
Sobre a autora – Henriette Bichonnier nasceu em 1943, em Clermont-Ferrand, França. Estudou Língua e Letras Modernas na Universidade de Lyon, colaborou com jornais e revistas e, a partir da década de 1970, passou a escrever livros para crianças. Sua lista de publicações é extensa: lançou quase cem livros, vários deles com a cooperação do ilustrador Pef.
Sobre o ilustrador – Pierre Elie Ferrier é mais conhecido como Pef. Nascido em 1939, começou a trabalhar em jornais como redator e desenhista. Em 1975, fez música para crianças e, mais tarde, roteiros de programas de tevê em parceria com Alain Serres. Desde o momento em que descobriu a vocação de autor e ilustrador de livros infantis, não parou mais. Sua bibliografia já ultrapassa a marca dos cinquenta livros, além de outros setenta que somente ilustrou. É autor da ópera infantil La Belle Lisse Poire Du Prince de Motordu, que foi encenada em Campinas (SP) em outubro deste ano.