Os anos 70 representam um período de transição cuja análise é importante para a compreensão da história recente do país. Foram anos difíceis - na sociedade, na política e na cultura. Como diz uma frase-lema do Pasquim: "mais pra epa que pra oba". Na época, utilizou-se a expressão "vazio cultural". Paradoxalmente, é dessa época o florescimento da Imprensa Alternativa, principal espaço público de crítica, protesto, resistência e criação. Juntamente com Opinião, Movimento, Em Tempo, Versus - e muitos outros - o Pasquim participou dessa aventura, que foi vencer o silêncio imposto pela censura prévia e pela repressão (às vezes nas entrelinhas, às vezes no lado doído da porrada).