Durante a guerra de fronteiras, no sul do Brasil, nos anos de 1851/52, o exército imperial brasileiro, sob o comando de Duque de Caxias, contou com o apoio de cerca de 2000 mercenários alemães, conhecidos como Brummer, contratados pelo imperador D. Pedro II. Derrotados Juan Manuel de Rosas (Argentina) e Manuel Oribe (Uruguai), a maioria dos Brummer buscou abrigo e apoio nas já prósperas colônias alemãs do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Entre os Brummer havia artífices de toda ordem, que se alojaram em Porto Alegre, S. Leopoldo, Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul, Santo Ângelo e outras colônias ao longo do Rio dos Sinos, do Taquari, do Jacuí e do Rio Pardo. Agrimensores, construtores, colonos, engenheiros, professores, enfermeiros e médicos, jornalistas e políticos deram um forte impulso à vida das colônias alemãs na então Província de S. Pedro do Sul, na segunda metade do século XIX.
Carlos von Koseritz e Carlos Jansen, ligados ao grupo do Partenon Literário, renovador da cultura na segunda metade do século XIX, sob a aura de Apolinário Porto Alegre, foram dois expoentes do jornalismo, da política e da cultura regional. Enquanto Koseritz se transformava, com suas publicações (Kalender), com sua participação política, seus ensaios e traduções de reconhecidos escritores europeus, no principal interlocutor da colônia alemã com os responsáveis pela condução da política provinciana, Carlos Jansen ajudava a fundar a primeira revista cultural de Porto Alegre, O Guaíba.
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