Este "opúsculo" (como o próprio Maquiavel o chamou) escrito por um cortesão italiano da época renascentista, endereçado "ao magnífico Lorenzo de Medici" (na época, o Duque de Urbino, em Florença), e publicado somente após a sua morte, acabou por ser reconhecido pela posteridade como um dos tratados políticos mais fundamentais elaborados pelo pensamento humano, e que teve um papel crucial na construção do conceito de Estado como o conhecemos na modernidade.
Trata-se, portanto, de leitura obrigatória para quem deseja compreender a essência das relações de poder humanas, particularmente as que ocorrem no campo político. Aliás, por tratar essencialmente de política, foi inevitável que esta obra desse ao autor a fama de ser "maquiavélico" (como se vê, o próprio termo vem do seu sobrenome). Mas se tudo correr bem, após a leitura você também irá descobrir que Maquiavel não é assim tão mau. O que ele estava fazendo aqui foi simplesmente descrever "as regras do jogo do poder", que já existiam muito antes dele ter nascido e ainda existirão por muito tempo, quem sabe durante toda a história humana – ao menos enquanto perdurar a competição e o egoísmo.
As regras maquiavélicas não são nem boas nem más em si mesmas, tudo o que elas fazem é descrever um processo. O que é bom ou mau é o uso que as pessoas que compreenderam tais regras fazem delas quando alcançam posições de poder. Se é verdade que essa obra é, portanto, uma poderosa ferramenta para galgar o poder, considere fazer uso dela com toda responsabilidade.
O revisor.
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