Dorian Gray era dotado de fascinante beleza e simpatia. Foi assim que o pintou, maravilhosamente, o gênio de um artista. E para que o tempo não afetasse aquela obra-prima de estética que era ele próprio, o jovem Gray fez um pacto com o destino: os estragos do tempo e da vida recairiam sobre seu retrato e não sobre sua pessoa. O pacto foi aceito. E, desde então, o retrato de Gray foi passando por transformações hediondas, monstruosas. Era a imagem da ruína da alma daquele jovem, cujo corpo conservava sempre a seiva e o esplendor dos 20 anos.
Romance / Ficção / Literatura Estrangeira