A vinda do Filho do homem tem sido ansiosamente aguardada por cristãos de todas as denominações. As escolas tradicionais do cristianismo veem neste fato a própria volta de Jesus para julgar a humanidade no dia do juízo. Cláudio Fajardo, analisando o Sermão do Cenáculo, segundo as anotações de João, o Evangelista, encontra subsídios para nos mostrar que tanto a vinda do Filho do homem quanto o advento do Consolador podem ser compreendidos como um momento íntimo da criatura, em que ela desperta definitivamente o Cristo que há em si mesma pela aplicabilidade dos ensinamentos de Jesus. A poesia do Quarto Evangelho, o mais espiritual de todos, encontra nestas reflexões uma interpretação nova, coerente com o ensinamento que os Espíritos deram a Kardec, e que foram tão bem pontuados pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier. Parafraseando Emmanuel, podemos dizer que este livro nos lembra de que precisamos do Espiritismo e do Espiritualismo, mas, muito mais, de Espiritualidade.