Este livro analisa e reflete sobre as práticas de vigilância, investigação e repressão articuladas pelo DOPS entre 1939-1945, concentrando - se na atuação dos 'agentes duplos' ligados ao Serviço Reservado, posteriormente, secreto, cujos documentos encontram-se sob a guarda do Arquivo do Estado. Esses agentes, membros do SS, foram recrutados com o objetivo de vigiar e controlar o movimento operário que, desde as primeiras décadas do século XX, incomodavam as elites políticas, instigado pelas propostas das ideologias ditas 'exóticas'. O autor analisa a lógica que movia a engrenagem deste órgão policial considerado pela historiografia recente o 'braço repressor' do governo Vargas, cujo projeto político conservador estava em conflito com as propostas dos militantes anarquistas, socialistas e comunistas, em especial.