O verdadeiro paraíso

Quem é Carlos Ventura


O HOMEM
Conhecemos-nos durante os primeiros passos do Projeto Fala Escritor, em meados de agosto, setembro de 2009. Avisaram-me que um cantor de Música Popular Brasileira faria abertura naquela edição; é comum ficar nervosa durante a semana que antecede o evento, e no dia a paz reina apenas quando ouvimos os aplausos e notamos o sorriso de todos os presentes. O Fala Escritor já tinha começado, porém o cantor não chegava.

A espera foi compensada: chega o moço com seu violão a tiracolo, pede desculpas, agradece o convite e inicia o processo de encantamento.

Não se tratava de um simples cantor de MPB, não era um interprete ou um imitador. Carlos Ventura assumiu o palco e ganhou de vez nossa atenção, cantou, encantou e contou um pouco da sua história. Nascia naquele momento uma amizade poética, estava ali, diante de meus olhos “O Verdadeiro Paraíso Literário”, um misto de poeta, ativista cultural, músico, formador de opinião, um “Homem-Arte”, espécie rara, quase em extinção, que trata a arte com paixão e demonstra fascínio pelo universo feminino, enaltecendo a alma da mulher, fonte inesgotável de sua inspiração.

Em 2011 contabilizamos cerca de vinte edições, fortalecemos o elo da amizade e o amor pela arte. São histórias e estradas, caminhos abertos e o retorno ao ninho. Sempre que está de passagem por Salvador é comum sua presença no Fala Escritor. Carlos Ventura tornou-se parte da família.

A OBRA
Ao receber o rascunho do livro de Ventura, perguntava-me que paraíso estaria sendo retratado; quais surpresas estariam reservadas; estariam contidas no manuscrito revelações das coordenadas exatas do início de tudo, ou tratava-se de uma viagem particular, em que o sentir-se bem seria o primeiro passo para O Verdadeiro Paraíso?

“Um livro é a alma do artista passada a limpo, é quando registra sua essência, seu traço, seu reflexo de mundo...”

Lembrei-me agora desta frase, dita enquanto analisávamos a possibilidade de lançar o livro em conjunto com os shows, recheado de trabalhos magníficos, composições e poemas do artista multifacetado. Assim, iniciamos uma conversa que não tem fim. Amor não tem fim, se o temos na essência, haverá de ser notado em toda sua existência.

A incógnita do paraíso é desvendada por Ventura, que nos apresenta através de sua apaixonante leitura do universo energizado como é fácil e simples ser feliz.

Falar de Carlos Ventura é, sem dúvida, uma verdadeira e notável aventura. Sua obra é singular e plural, sem exagero; é pura paixão pelo dito sexo frágil, que se torna forte, destemido e desejoso de entrega a toda forma de amor, sem medo de realizar os mais profundos desejos.

Os personagens do livro de Ventura são heroínas batalhadoras, mães, filhas, irmãs, esposas, amantes, amigas: em comum possuem o amor e a sensibilidade que as fazem cada dia mais fortes.

Renata Rimet
Escritora, Poeta e Administradora
www.renatarimet.com