O violoncelista

O violoncelista Kenji Miyazawa
Lúcia Hiratsuka


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O violoncelista





No Japão rural do início do século XX, Goshu é violoncelista na orquestra Vênus, que faz o acompanhamento dos filmes mudos da época. Apesar de todo seu esforço e concentração, o maestro nunca parece satisfeito. O cello atrasa, não se harmoniza, mas, o que é pior, parece faltar a Goshu muito mais do que técnica, falta sentimento.
Na privacidade de sua casa humilde em um moinho afastado da cidade, Goshu toca até quase perder os sentidos. Nesses momentos de introspecção, em que não precisa se concentrar ou controlar os sentimentos, ele entrega-se à música.
É então que uma série de visitas inesperadas de pequenos animais a cada noite – gato, guaxinim, cuco e dois ratos – o compelem a tocar de formas diferentes e, pouco a pouco, permitem que Goshu expresse seus sentimentos, sempre contidos, por meio da música. Ao longo dessas noites ele passa da rispidez à solidariedade, da racionalidade cética à emoção contagiante. E os efeitos dessa transformação são sentido em sua performance. A jornada emocional é também uma jornada musical e vice-versa.
Assim, O violoncelista descreve o processo de amadurecimento artístico e pessoal do jovem Goshu em uma narrativa na qual alusões simbólicas a seres mitológicos do Japão antigo e referências culturais e artísticas mundiais remetem à ideia do (re)nascimento como início de um ciclo de completude e felicidade. Como é característico das obras de Kenji Miyazawa, as esferas da natureza, da cultura e das artes são indissociáveis e compõem um todo harmônico cuja trajetória de desenvolvimento perfazem o livro.

Sobre o autor – Kenji Miyazawa (1896-1933) é um autor conhecido e popular no Japão; o reconhecimento de sua obra atravessa gerações. Em sua vida curta – morreu aos 37 anos de idade –, apenas dois livros seus foram publicados. A consciência dos problemas sociais da área rural de onde veio e a fé budista levaram Miyazawa a se dedicar à tentativa de dirimir as agruras da vida dos despossuídos do Japão do começo do século XX. Dessas condições, somadas ao ávido estudo de ciências, filosofia e arte, nasce sua poética.
Sobre a ilustradora - Lúcia Hiratsuka nasceu em 1960, em Duartina (SP). Artista plástica, é autora e ilustradora de diversas obras infantis. Em 1995, seus livros Hatikazuk Hime, Momotaro e Tanabata conquistaram o prêmio de Melhor Produção Editorial, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Por Edições SM, publicou Lin e o outro lado do bambuzal e Os livros de Sayuri, da coleção Barco a Vapor, e Contos da Montanha, da coleção Cantos do Mundo. O violoncelista é o primeiro livro que, além das ilustrações, ela fez também a tradução.

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on 23/3/22


eu simplesmente amei comecei hoje e já terminei, uma história leve e gostosa de ler, muito fofa e com ilustrações incríveis, com certeza vou ler de novo depois... leia mais

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Juliana
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30/11/2011 18:58:41

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