Orgulho e Dignidade

Trineta do Visconde Itaboraí, Sonia Madeira de Ley conta a história dos descendentes do fundador da segunda fase do Banco do Brasil, começando com o filho que o Visconde teve com uma escrava.
Baseada em fatos contados de geração em geração, a narradora usa do recurso de flash-backs. Começa com Cecília, bisneta do Visconde e o romance dela com Tancredo, pertencente a tradicional família Carvalho Madeira de Ley de barões do café, que se torna comunista e é perseguido pela ditadura de Vargas.
Volta para Alice, sua mãe, a mimada neta mestiça do Visconde e os preconceitos por ela experimentados em Portugal, para onde se mudou com o marido, comerciante português, quando este volta para sua terra natal.
A sofrida vida de Cecília, desde a sua infância em Portugal até a maturidade é a condutora da história.
Acompanham o relato os fatos históricos das épocas em que os personagens viveram e nos quais, de uma maneira ou de outra, tomaram parte ou foram testemunhas, como a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, a Primeira Guerra Mundial e a Gripe Espanhola, a ditadura de Vargas e o Estado Novo.
Madeira de lei indica um tipo resistente de madeira, dura e de alto valor comercial que, no tempo do Brasil colônia, atendia a especificações e regras da Coroa portuguesa. Hoje, são chamados assim o ipê, o mogno, o cedro, o jacarandá e o carvalho, por exemplo, que produzem em seu cerne substâncias químicas que protegem o tronco do ataque de fungos e insetos. Graças a essa proteção, uma espécie nobre pode sobreviver por centenas de anos e são ideais para emprego em construção civil, naval, confecção de móveis e instrumentos musicais.
Assim como os artefatos fabricados com esse tipo de madeira, a família Carvalho Madeira de Ley atravessa os séculos com Orgulho e Dignidade.


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