O livro Origami, Darwin e os triângulos mágicos (selo Escrituras), de Carlos Genova, mostra que o origami é mais que dobrar papel. É uma forma de expressão. Quem manipula o papel abre uma porta para a comunicação com o outro e melhora o movimento das mãos, estimula articulações, exercita o cérebro, além de ser lúdico e estimular a criatividade.
Nesta obra, Genova homenageia Charles Darwin e entre uma dobra e outra cita trechos do livro Viagem de um naturalista ao redor do mundo, que inspiraram algumas peças. O autor ilustra partes desse diário de viagens utilizando triângulos, quadrados e retângulos, criando peças interessantes em diferentes graus de dificuldade. Um livro em que os capítulos são oficinas, com destaque para a oficina de leitura, que representam personagens lendo jornais ou livros. Com a oficina de triângulos, Genova homenageia também os professores de matemática explorando alguns teoremas por meio do origami, recomendado para estudo em sala de aula. Genova descobriu o que ele chamou sugestivamente de “Teorema do terço”, motivando a demonstração e generalização gentilmente feitas por Gilberto Garbi, que assina o prefácio da obra. Origami, Darwin e os triângulos mágicos é um livro para todos, pensado e realizado com muito cuidado pelo autor.
“Fazer experiências com construções geométricas através do manuseio de uma simples folha de papel, que traz embutidos régua e compasso próprios, ajuda na compreensão de certos conceitos matemáticos. Por um lado, origami é a arte da economia que permite duplicar um cubo com apenas uma ou duas dobras e, por outro lado, é a arte da profusão de dobras para obter peças complexas. Este livro comporta olhares diferentes e sugere a experiência como possibilidade para descobertas surpreendentes. De fato, triângulos são mágicos permitindo a cada pessoa inventar seus próprios truques“.
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